Bebê que perdeu a mãe em Aracaju já está em hospital de Santa Catarina
A bebê, de menos três meses, que perdeu a mãe 42 dias após nascer, em Aracaju (SE), já está um hospital da cidade de Itajaí (SC), onde mora a família. Segundo o Serviço Móvel de Urgência (Samu), a viagem foi tranquila e ela chegou com quadro de saúde estável. Após o desembarque, no aeroporto da cidade de Navegantes (SC), uma ambulância do Samu a aguardava para fazer o transporte em uma incubadora até um hospital na cidade de Itajaí.
Ao receber a filha o pai agradeceu o empenho das
equipes. “Peço obrigada pelo esforço de ter feito o possível para trazer minha
filha de volta para casa. Eu não consegui trazer minha mulher junto, mas peço
obrigado. Sem vocês eu não teria ela aqui”, disse emocionado.
No início de março,
quando passava por Sergipe durante uma viagem com o marido, que é caminhoneiro,
a mãe sentiu as dores do parto. Ela foi levada à maternidade e submetida a uma
cesariana.
Nascida prematura, às
32 semanas e dois dias, a bebê foi direto para a unidade de terapia intensiva
neonatal (Utin), onde ficou recebendo os cuidados médicos e maternos, enquanto
o pai voltou ao trabalho. Mas, dias após dar à luz, a mãe teve problemas
cardíacos e foi levada em estado grave para a Hospital de Urgência de Sergipe
(Huse), também na capital sergipana, onde morreu no dia 17 de março aos 25
anos.
Em Aracaju, a despedida
dos funcionários da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL), onde ela
estava internada foi cercada de muita emoção entre os profissionais, que
escreveram uma carta relatando os momentos da chegada de mãe e filha a unidade
de saúde.
“Você nasceu ainda bem
pequenininha. Eram você e a mamãe. A sua mãe corajosa e cheia de amor por você.
E a gente, 'titios e titias', que não temos o mesmo sangue, mas crescemos e
aprendemos com vocês. No começo, as titias entravam na UTIn junto com a mamãe
para ela te visitar, mas logo ela já vinha sozinha e queria ficar o máximo de
tempo com você. E todos os dias, mais de uma vez por dia, ela vinha ficar. Te
dar carinho e amor, cuidar de você. E assim ela fez todos os dias, até o dia
que não pôde mais. O dia que ela começou a cuidar de você e te amar sem você
poder a ver, ou sentir o seu toque de carinho, ou o cheirinho dela. Mas ela
segue te cuidando de outro jeito. E continuará", diz um trecho da carta.
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